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BEBÊS TAMBÉM GOSTAM DE MASSAGEM

    

Ainda grávida, ganhei de uma amiga um livro chamado “Shantala – Massagem para Bebês!. Pra mim tudo era novidade. Nunca tinha ouvido falar de shantala. Fiquei encantada com a tal massagem indiana para bebês.

Assim que a Nina nasceu, nos matriculamos num curso. Chegamos numa sala repleta de mães com seus bebês. Só mães. Pais, nenhum. Só o da Nina. Será que só a mãe pode fazer? Achamos bem curioso.

A professora adorou a presença de um homem na palestra e falou coisas que nunca mais vou esquecer:  a importância e a diferença do contato feminino e masculino para o bebê, a maneira delicada com que a mãe segura e acaricia, e a ousadia e força que o pai transmite. Gestos que ficam guardados para sempre na memória da criança.

Fizemos o curso e praticamos muito com a Nina. É demais! Ela ficava feliz e safisteita com a massagem. Carinho misturado com massagem. Ah, ainda era um grande alívio para as cólicas dos primeiros meses…

Algum tempo se passou. Nina cresceu. Já não pratico mais com ela (ela não pára quieta mais).  Tenho saudades desses momentos. 

Conheci recentemente Denise Gurgel, uma outra professora de shantala que me fez relembrar destes momentos. Ela me contou um pouco de sua experiência com a shantala. Formada em fisioterapia, atuou na área de neuropediatria usando a shantala como uma forma de aproximar o contato com as crianças. Aos poucos, foi deixando de clinicar para se dedicar só aos estudos da shantala e a estimulação sensorial de bebês que a massagem oferece.

Shantala Denise Gurgel: www.cursoshantala.com.br

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JÁ VIU “LUA DE PAPEL”?

O filme de Peter Bogdanovich está na minha lista de favoritos.

Addie (Tatum O’Neal) é uma linda menina de nove anos. Moses (Ryan O’Neal) é um vigarista profissional que usa a boa aparência para vender Bíblias a viúvas. Moses recebe a ingrata missão de levar a menina do Kansas até o Missouri, onde deve entregá-la na casa da tia, única parente viva. Ele odeia a sugestão, mas não consegue dizer não. E não consegue mais se ver livre dela.

 A partir daí, surge um casal incomum de trapaceiros que percorre as estradas empoeiradas do Oeste americano, durante os anos difíceis da Grande Depressão.

Assistir os dois em cena é um verdadeiro espetáculo. Tatum O’Neal é sem dúvida o grande destaque do filme (ganhou Oscar por sua interpretação). Aos oito anos, a filha verdadeira do então super-astro Ryan – também sensacional no papel do salafrário Moses – simplesmente dá um show de espontaniedade.

    

Filmado todo em branco e preto sua fotografia é também um encanto.

Sou suspeita, adoro o filme . Acho delicado, nostálgico, alegre. Tudo ao mesmo tempo.

Lua de Papel (Paper Moon, EUA, 1973)
Direção: Peter Bogdanovich
Elenco: Ryan O’Neal, Tatum O’Neal, Madeline Kahn, John Hillerman.

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BEBÊ NÃO SE EMPURRA, SE CARREGA

O carregador de bebês, ou sling, como ficou conhecido, é um acessório bem mais antigo do que você possa imaginar.

A verdade é que ele está ligado a uma necessidade que o ser humano tem de ficar bem próximo de sua cria. É também parte de costumes e culturas.

Para ocidentais, a maneira mais familiar de transportar uma criança é o “carrinho de bebê”.

Os famosos carrinhos foram popularizados no tempo da rainha Vitória (sec. 19). Época em que a maternidade era delegada a amas e criadas, com uma enorme distância entre os olhos da mãe e a pele do filho.

Deixar em casa o trambolho de quatro (ou três) rodas e sair com seu bebê no sling é uma sensação deliciosa. Os braços  livres e  o bebê  bem perto.

Confesso que tenho saudades. Usei bastante o meu. Agora que já passou, penso que poderia ter usado ainda mais.

Separei aqui imagens de mulheres mundo afora carregando suas crias.

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QUER UMA BALINHA, NENÉM!

Talento nato.

Não tem jeito, nasceu assim e pronto!

Nina adora um doce, especialmente bolo de chocolate e brigadeiros.  E não pense que isso é um hábito aqui em casa. Não somos grandes fãs de doces.

A cada dia que passa, aprendemos mais um pouco sobre como é educar nossa filha. Manuais e textos de educação estão por toda parte, mas é só na prática mesmo que a gente vai pegando o jeito.

Se você tem filho pequeno, vai saber bem do que estou falando. Se não tem e pretende ter um dia, prepare-se para passar por essas situações. Sair de casa com uma criança é sempre bem divertido. Sair e receber dicas de desconhecidos sobre como criar seu próprio filho, já virou um clássico. Mas o que mais me irrita de verdade é quando escuto: “Quer uma balinha, neném?”

Tenho vontade de voar no pescoço de quem perguntou isso.

Primeiro, porque que é inacreditável a frequência com que isso acontece. Como se toda criança chupasse bala ou, pior ainda, mascasse um chiclete. Segundo, que normalmente a pergunta é feita diretamente à criança, sem nosso consentimento. E criança, claro, nunca recusa doce.

Até um tempo atrás, eu ficava sem graça diante destas situações. Mas o dia-a-dia ensina mesmo. E de tanto passar pela mesma situação de constrangimento, agora isso não acontece mais.

Dias atrás, estávamos na rua com a Nina e uma senhora ofereceu um punhado de balas Hall’s. Sim, Hall’s para uma criança de anos e meio! Eu imediatamente disse: “Não, obrigada, ela não chupa balas!” E a senhora ainda olhou para a minha cara e complementou indignada: “Não?”

Confesso que senti orgulho de mim mesma.

Não somos radicais. Só achamos que a Nina terá a vida inteira para experimentar o doce que quiser. Não precisa ser agora.

Por enquanto está valendo: sorvete de frutas, um brigadeirinho de vez em quando e o tão amado bolo de chocolate!!!!

 

 

  

  

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O QUE AS CRIANÇAS ACHARAM DO NATURA?

Nunca me conformei com a falta de programação infantil que a cidade de São Paulo nos oferece. Só tendo crianças mesmo para saber.

 Quem tem filhos de 2 a 5 anos de idade sabe bem do que estou falando. Contente-se com um parque ou uma praça, é isso que está reservado a você. Aqui no blog já comentei esta minha indignação, ou invejei projetos como o SónarKids, programação infantil dentro do famoso festival para gente grande, Sónar.

 Neste último final de semana rolou em São Paulo o Natura Nós, um festival que tinha um dia exclusivamente dedicado à criançada.

Não moramos mais em São Paulo. Pedi então para uma amiga de longa data, Magda, que foi com o seu filho, Antônio, de 5 anos, contar como foi tudo por lá. Aí vai o relato dela:

 “Chegamos às 12h30, no show Pequeno Cidadão. O Antônio tem um amigo de escola que toca na banda. Nem preciso dizer o quanto ele curtiu. Reconhece as músicas e se diverte.

O show é bem legal mesmo. No palco, referências circenses, bonecos de papelão, letras divertidas e, para mim, uma integrante especial. A filha do Edgard Scandurra é um show à parte. É difícil tirar os olhos dela. Dança bem, faz charme para o pai (que baba o tempo todo). Sem exageros, ela é uma graça!

Depois, veio o Palavra Cantada. O show é sempre bem parecido, já vimos outros. A banda reclama do som, para a platéia o som estava ok.

Entra no palco o aguardado Pato Fu com sua Música de Brinquedo, e faz o show de lançamento do seu décimo disco. O show é bem bonitinho. O melhor de tudo é que os instrumentos de brinquedo dão mesmo conta do recado. Achei o show meio corporativo, não precisava. Rolaram coisas do tipo: “… esta música foi um tema da novela…., ou então um ursinho que fala coisas do tipo: “comprem na loja do Pato Fu”. Não precisava!

Sobe então ao palco Adriana Calcanhoto com seu projeto Adriana Partimpim. Pausa para o lanche.

Comidinhas legais:  veggieburguer, hotdog, pizza orgânica, sucos naturais, frutas orgânicas cortadinhas – tudo sem filas e com muito staff.

Achei tudo bem organizado. Carrinhos com água fresca no meio da galera, muita água. Pulseira de identificação para pais e crianças, filtro solar adulto e infantil de graça, banheiros químicos – mas sempre bem limpos.

Ah, tinha também muita atividade para os pequenos: oficinas debaixo de tendas enormes e fresquinhas.

Lotou. As  crianças amaram. Antônio construiu um móbile, uma barbatana de tubarão e um super avião. Não queria ir embora.”

(Valeu Mag! Sempre que puder mande novidades.)

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O MELHOR PRESENTE DO DIA DAS CRIANÇAS

Tinha pensado num outro post para comemorar o Dia das Crianças. Mas aí chegou em casa a última edição da Revista N. Magazine e mudei de idéia.

O papai da Nina foi convidado a escrever nesta edição sobre as impressões de um pai de primeira viagem. O texto ficou uma declaração de amor à Nina, e acho que não deve existir presente mais lindo de Dia das Crianças.

Divido o texto aqui com vocês. Aí vai:

A farra de ser pai

Você pode ler livros à vontade, assistir a programas de TV ou receber todos os conselhos possíveis. Mas nada – nada mesmo – pode te preparar para ser pai. Não há escola capaz de antecipar o que é isso. E se você prestar atenção no que as algumas pessoas falam sobre paternidade, aí mesmo é que você não vai querer ter filhos. Veja só algumas “verdades” que ouvi sobre o assunto:

“Aproveita enquanto você não tem filhos, porque depois é só trabalho!”

“Filho? E a sua liberdade?”

“Depois que a criança nasce, você não tem mais sossego!”

“Acabou a farra!”

Curioso: enquanto alguns vêem a paternidade como o fim de um ciclo – o término da fase de liberdade e despreocupação – eu a vejo como o início de outro, muito mais interessante e intenso.

Minha vida só ficou mais “livre”, “sossegada” e “cheia de farra” depois que a Nina nasceu. Exatamente o oposto do que tinham me falado. Eu não consigo ter um pingo de saudades da minha vida pré-Nina.

Se antes eu chegava em casa às 7 da manhã e dormia a tarde toda, hoje eu torço para dar 7 da manhã para ela bater na nossa porta e nos acordar. Quero passar a manhã toda andando de bicicleta ou batendo perna com ela.

É até clichê dizer isso, mas uma coisa que filhos fazem é tornar cada momento especial. Nós não precisamos pensar em grandes passeios ou viagens elaboradas; uma simples ida à padaria pode ser um programão. Ficar em casa virou um programão. Não fazer nada virou um programão – contanto que seja ao lado dela.

Sou um pai tardio. A Nina nasceu e eu já tinha 40 anos. Se, por um lado, demorei a aproveitar a paternidade, por outro foi a melhor coisa que me aconteceu. Se eu tivesse sido pai aos 20, teria sido uma porcaria de pai. Acho que tudo tem seu tempo. Isso não quer dizer que ninguém pode ter filhos aos 20 anos. Só estou dizendo que, no meu caso, acredito que a maturidade me tornou um pai melhor.

Curiosamente, a melhor frase sobre a paternidade eu ouvi numa entrevista. E não foi numa entrevista de algum especialista ou doutor. Foi de Johnny Depp. Sim, o ator Johnny Depp, amigo de Hunter Thompson e Keith Richards. “Quando você se torna pai, é como se alguém tirasse um véu que cobria a sua cabeça. De repente você vê tudo com clareza, e percebe que é para isso que estamos aqui”, disse Depp. Concordo.