O MELHOR PRESENTE DO DIA DAS CRIANÇAS
Tinha pensado num outro post para comemorar o Dia das Crianças. Mas aí chegou em casa a última edição da Revista N. Magazine e mudei de idéia.
O papai da Nina foi convidado a escrever nesta edição sobre as impressões de um pai de primeira viagem. O texto ficou uma declaração de amor à Nina, e acho que não deve existir presente mais lindo de Dia das Crianças.
Divido o texto aqui com vocês. Aí vai:
A farra de ser pai
Você pode ler livros à vontade, assistir a programas de TV ou receber todos os conselhos possíveis. Mas nada – nada mesmo – pode te preparar para ser pai. Não há escola capaz de antecipar o que é isso. E se você prestar atenção no que as algumas pessoas falam sobre paternidade, aí mesmo é que você não vai querer ter filhos. Veja só algumas “verdades” que ouvi sobre o assunto:
“Aproveita enquanto você não tem filhos, porque depois é só trabalho!”
“Filho? E a sua liberdade?”
“Depois que a criança nasce, você não tem mais sossego!”
“Acabou a farra!”
Curioso: enquanto alguns vêem a paternidade como o fim de um ciclo – o término da fase de liberdade e despreocupação – eu a vejo como o início de outro, muito mais interessante e intenso.
Minha vida só ficou mais “livre”, “sossegada” e “cheia de farra” depois que a Nina nasceu. Exatamente o oposto do que tinham me falado. Eu não consigo ter um pingo de saudades da minha vida pré-Nina.
Se antes eu chegava em casa às 7 da manhã e dormia a tarde toda, hoje eu torço para dar 7 da manhã para ela bater na nossa porta e nos acordar. Quero passar a manhã toda andando de bicicleta ou batendo perna com ela.
É até clichê dizer isso, mas uma coisa que filhos fazem é tornar cada momento especial. Nós não precisamos pensar em grandes passeios ou viagens elaboradas; uma simples ida à padaria pode ser um programão. Ficar em casa virou um programão. Não fazer nada virou um programão – contanto que seja ao lado dela.
Sou um pai tardio. A Nina nasceu e eu já tinha 40 anos. Se, por um lado, demorei a aproveitar a paternidade, por outro foi a melhor coisa que me aconteceu. Se eu tivesse sido pai aos 20, teria sido uma porcaria de pai. Acho que tudo tem seu tempo. Isso não quer dizer que ninguém pode ter filhos aos 20 anos. Só estou dizendo que, no meu caso, acredito que a maturidade me tornou um pai melhor.
Curiosamente, a melhor frase sobre a paternidade eu ouvi numa entrevista. E não foi numa entrevista de algum especialista ou doutor. Foi de Johnny Depp. Sim, o ator Johnny Depp, amigo de Hunter Thompson e Keith Richards. “Quando você se torna pai, é como se alguém tirasse um véu que cobria a sua cabeça. De repente você vê tudo com clareza, e percebe que é para isso que estamos aqui”, disse Depp. Concordo.
9 COMENTÁRIOS
Concordo com tudo!
Minha vida, e a visão que tenho dela foi totalmente transformada depois do nascimento de nossa pequena. Bom demais ser pai!
😉
Impressões masculinas sempre bem vindas por aqui!
bjs,
feliz dia das criancas por ai, e viva os papais e as mamaes. minha sensacao de virar mae foi bem essa, a vida vira de cabeca para baixo, mas nunca as coisas pareceram estar tão “no lugar”…
Ilana,
Concordo 100% com vc! É exatamente essa sensação!
Bom demais!
Feliz dia aí para vcs tb!
um bj grande,
Parabéns pelo texto e realmente vc está certo.
O que é difícil atualmente é ficar longe dessa
segunda e maravilhosa filha NINA.
Esperamos vcs aqui!
bjs
Lindo texto. Também acho que filho é bom demais. E tem outra, vc pode fazer tudo com eles. Nós carregamos nossas pitucas pra tudo que é lugar. Qualquer viagem se torna inesquecível. bjo, Denise
Denise,
Também fazemos tudo com a Nina. Desde bem pequena ela nos acompanha pra lá e pra cá!
É isso aí!
Obrigada por passar por aqui.
bjs
Tenho certeza que a Ninoca chegou mesmo na hora certa pro papito André. Essa lindinha me faz uma falta danada.
Beijo, filhão, lindo o que vc escreveu.