ESTAMPA DA SEMANA: TRITIK

Não dá para entrar neste mundo da estamparia ancestral sem citar o “Tritik”.  Afinal, tudo pode ter começado com ele.

Tritik significa ponto amarrado, onde a estamparia é feita por contenção na amarração. Seus registros datam de 11.000 a.c, final do período Neolítico, onde aparecem em peles. São especiais pois  representam o início da estamparia do homem, e marcam a representação do elemento geométrico: círculo.

Os pequenos círculos são encontrados  em várias civilizações. África, Ásia e até por aqui na América do Sul, feito pelos incas. Na Índia, ele é um capítulo à parte.  Está em quase toda estamparia e ainda recebe o adorno de contas, espelhos, vidros e metais.

OLHA O PASSARINHO…

Quem achava nós íamos morrer de tédio morando aqui, estava enganado. Paraty é, de verdade, bem agitada e cheia de eventos o ano todo. Agora foi a vez do Paraty em Foco – Festival Internacional de Fotografia.

Parecia que todo mundo na cidade era fotógrafo. Profissionais e amadores, todos andavam de um lado para o outro com uma máquina na mão procurando o melhor ângulo de tudo. Tudo e todos eram alvo das câmeras. Nina até andou fazendo umas poses…

Programação não faltou. Exposições, workshops, palestras, entrevistas, venda e troca de fotos.  

Tenho uma paixão especial pelas câmeras Lomo, que são de plástico e criam fotos inesperadas e estranhas. Por isso, passei um bom tempo no espaço Lomography, onde rolaram workshops, exposições e venda de Lomos (ai que vontade de comprar todas!).

Outra fotografia que me fascina é a câmera escura, ou fotografia pinhole, que é simplesmente uma caixa preta com um pequeno buraco por onde a luz entra e grava a imagem invertida. Havia em Paraty um trailer que operava como laboratório fotográfico e câmera escura do projeto Cidade Invertida.

É bem verdade que o tempo não estava lá estas coisas para fotografar. E, para não deixar todo mundo voltar desanimado com a luz, no final do domingo, dia de encerramento do festival, São Pedro fez um agrado aos fotógrafos de plantão: um entardecer lindo com discreto sol. E lá estavam todos com suas câmeras na mão: clic!

QUEM DISSE QUE NÃO TEM PRAIA EM BOA EM…

Dizem que em Paraty não existe praia boa. Dizem que para chegar até uma praia linda por aqui, é preciso pegar um barco e ir até uma ilha. Não é verdade. Morando aqui, estamos descobrindo lugares que mais parecem o paraíso, bem perto de casa.

Depois de uma semana chuvosa, o sol finalmente apareceu por aqui.

Protetor, algumas frutas, água, chapéu. Praia! Alías, praia deserta e o mar mais  parecido com uma piscina. Assim é São Gonçalinho, um lugar bem lindo a 25 km de Paraty, na direção do Rio.

Indo na direção a São Paulo, tem outro paraíso: Paraty Mirim. Fica a 10 km da cidade  e mais sete kilômetros de uma estradinha de terra. É lindo. Uma das melhores praias que conhecemos por aqui. Em Paraty Mirim há uma reserva indígena, e é comum dividir a praia com indiozinhos.

Quem pode querer mais?

 

  

O VELHO FEITIÇO DA BONECA

Testar brinquedos? Hummm!!! Que criança não gostaria?

Nina não podia imaginar como aquele dia  seria divertido. Foi convidada para passar uma manhã inteira testando brinquedos. 

 Para escolher os 50 melhores brinquedos de 2010, a Revista Crescer, convocou dezenas de crianças para testar os produtos.  

Num grande tapete de um salão, ficam espalhados muitos brinquedos. Alguns ainda nem  entraram no mercado, passam pelos últimos ajustes, mas já estão sendo testados por seus possíveis consumidores.

As crianças não fazem cerimônias. Logo que chegam, já são atraídas pelos brinquedos. Tinha de tudo: dos tradicionais e simples, aos mais sofisticados. Buzinas, correria de carrinhos, luzes que se acendem, sirenes que tocam. As crianças iam trocando a todo momento, selecionando seus preferidos.

Adorei ter participado. Foi muito bonito observar cada criança fazendo sua escolha.

A Nina? Bom, nem preciso dizer que adorou. Foi difícil tira-lá de lá.

Testes encerrados. Hora de guardar os brinquedos. Nina tinha feito sua escolha: uma boneca. Segurava a boneca como uma mãe segura seu bebê.

Fiquei olhando para aquela montanha de brinquedos e para a boneca nos braços da Nina. E pensei: mesmo com tantos estudos, tanta tecnologia e  estímulos sensoriais, talvez as crianças gostem mesmo das velhas fórmulas: uma simples boneca. Algumas coisas não mudam.

O LADO “M” DAS MUSAS

Queria fazer um post sobre mães. Pensei nas mulheres que o mundo das celebridades só nos permite conhecer como tais e não como mães.

Separei aqui um outro momento das musas que tanto adoramos.

Elas ficam belas também expondo seu lado mais doce, não acha?

Mia Farrow

Audrey Hepburn

Jane Fonda

ESTAMPA DA SEMANA: ADIRE

Eu não sabia o nome. Mas tinha certeza que adorava os efeitos que esta técnica milenar imprimia nos tecidos. Pensando bem, foi por causa dela que acabei me encantando pelas estampas manuais. A beleza tribal destas efeitos me seduzia.

     

Os adires, típico em países da África Ocidental, são estampas feitas pela reservas de fios. A arte dos alinhavos, amarras e dobras se perde no tempo, e é considerada o mais antigo processo de estamparia por contenção conhecido.

E é da combinação de amarras (oniko) com os alinhavos (alabere), que produzem variações infinitas, que surgem as mais lindos desenhos. São delicados traços, texturas, linhas retas ou espinhadas, que imitam figuras ou geometrias.

Entrar neste mundo é entrar num passado distante. O processo de “escrever” no tecido,com estes alinhavos, é um exercício manual muito cansativo e lento. Depois de terminado, tenho certeza que o caminho é tão importante quanto o fim.