
“TIE-DYE”: EU NASCE HÁ 1.000 ANOS ATRÁS
Aposto com você que quando falo em pigmentos, tinturaria, técnicas ancestrais de estamparia, a palavra que vem logo à sua cabeça é ” tie- dye”, certo?
Comigo acontecia a mesma coisa. Mas não é bem assim.
Quando entrei de cabeça no mundo dos tecidos, tintas, dobras, costuras e amarras, descobri que não era justo generalizar, desprezando assim tantos anos e tentativas de acertos e erros de nossos antepassados.
Explico: o que conhecemos como “tie-dye” (amarrar e tingir) ficou muito popular nos anos 60 com o movimento hippie. Sem regras e com muitas opções de misturar cores e produzir com as próprias mãos desenhos lisérgicos.
Mas você pode se surpreender ao saber que a história do “tie dye” realmente começou muito antes dos defensores do livre amor ou de Woodstock. As primeiras referências ao “tie dye” têm registros históricos no antigo Japão e China.
Na China, foram usados de 618 a 906, durante a dinastia Tang. No Japão, a técnica foi usada durante o período Nara, de 552-794. Os corantes eram extraídos de flores, frutos, raízes e folhas.
Por volta do século 15, um estilo de tie dye conhecido como Tsujigahana (traduzido como “flores na passagem”) tornou-se moda. Este processo utilizou a dobras e costuras para delinear e reservar as partes do tecido a ser tingido, permitindo a separação das cores.
Enfim, o tie-dye começou muito antes dos hippies. Estes só se apropriaram dele.