VOCÊ CONHECE A FESTA DA LANTERNA?

Paraty foi escolhida para ser nossa cidade por diversas razões.

É um lugar tão bonito que  nem precisaria muito para nos convencer. Mas “batemos o martelo” mesmo, quando descobrimos uma escola Waldorf por aqui.

Hoje Nina estuda nesta pequena escola Waldorf.

Para quem não conhece, esta pedagogia estimula a imaginação e o lado sensorial das crianças. A afetividade e a criatividade são valores importantes.

Nesta época acontece nas escolas Waldorf a Festa da Lanterna.

Esta festa coincide com a chegada do inverno. Momento de aquietação da natureza,  frio, noites que chegam mais cedo. Neste clima de recolhimento e acompanhando o ciclo da natureza chega o momento de olharmos para nós mesmos, vendo nossa própria luz interior.

Durante a festa, as crianças carregam suas lanternas passeando pelas áreas abertas da escola simbolizando essa luz interior. As próprias crianças confeccionam as lanternas.

Para presentear as crianças, os pais ensaiam um teatro que é apresentado na festa. A história é “A Menina da Lanterna”, onde uma menina simboliza o caminho individual do homem em busca da luz interior.

 Já confessei aqui no blog que não sou grande fã de teatro, mas tudo muda quando se tem um filho e, por ironia do destino, fui escalada para ser  a menina da lanterna deste ano. Topei, ensaiei e apresentei!

Depois da peça, com a noite chegando, todos saem pelo bairro carregando suas lanternas acesas. É um momento especial e carinhoso.Vejam as fotos:

QUEM FEZ COCÔ NA CABEÇA DELA?

Já que as crianças se divertem com temas como “xixi”e “cocô”, resolvi prolongar um pouco o tema do post anterior e contar para vocês sobre o livro preferido da Nina neste momento.

“Da Pequena Toupeira Que Queria Saber Quem Tinha Feito Cocô na Cabeça Dela” é uma bem-humorada história sobre uma toupeira indignada que sai em busca do bicho que fez cocô em sua cabeça. Quem foi? A toupeira vai de animal em animal, conferindo os respectivos cocôs para achar o “criminoso”.

O livro aborda o tema sem timidez e é muito engraçado.

Livro de cabeceira da Nina e indicado para os pequenos a partir de dois anos. Eles adoram!

Da Pequena Toupeira Que Queria Saber Quem Tinha Feito Cocô Na Cabeça Dela

Autor: Werner Holzwarth

Editora: Companhia das Letrinhas

Mais uma dica (muito bem lembranda por uma leitora do blog):

Na mesma linha da Toupeira e tão divertido quanto – Quem soltou o pum?

Conhece? Vale a pena!

   

ABAIXO A DITADURA PINK

Nina, no alto de seus três anos e pouco, descobriu as fadas e princesas.

Fadas e princesas vivem em mundos cor-de-rosa e usam roupas cor-de-rosa também.
Quem pode competir com esta overdose? Quando faz uma coisa errada, diz que foi a fada. Quando perde algo, foi a fada que levou para a casa dela. Haja paciência com essas fadas…
Mas tem uma coisa bem bacana acontecendo paralelamente ao mundo do conto de fadas.
Nina tem na escola muitos amigos meninos. Então, chega em casa com umas brincadeiras típicas de meninos. Corre pela sala fazendo um barulho estranho, dizendo que está andando de moto. Ou pega um monte de caixinhas de papelão dizendo que são seus motores. Pega um graveto e finge que é a espada do rei.
Junto com as brincadeiras, vem também o jeito de falar. E meninos nesta fase acham muita graça em palavras como “xixi” e “cocô”.
Numa dessas, Nina veio para casa com uma musiquinha que aprendeu com seu melhor amigo. A música, uma espécie de gozação com outros amigos, é assim: “Lero, lero, lero, cocô de neném!” Ela morre de rir!!!!
Aqui em casa, entramos na brincadeira e quando ela se atrapalha ou toma um tombinho no meio de tantas corridas, cantamos: “Lero, lero, lero, cocô de neném!!!” Ela logo levanta do chão, esquece o choro, começa a rir e canta junto!
Porque entrar na brincadeira parece uma boa saída para qualquer problema…

DA BALADA AO “MAMAÇO”

Comecei este espaço aqui há pouco mais de um ano e já fiz muitos conhecidos e amigos.

Encontrei blogs parecidos, famílias interessantes, gente com filho e gente que não tem filho também.

Numa dessas, conheci a Paula. Descubro que tenho uma foto com ela. Outros tempos. Foto de balada! Ainda não tínhamos filhos e nem hora para voltar para casa.

Dia desses, vi a Paula na TV, participando do Mamaço –  evento que aconteceu em São Paulo, pelo direito de amamentar nossos filhotes em público.

Não resisti e convidei-a para contar aqui um pouquinho de sua história.

Aí vai o lindo texto que ela me escreveu:

“Eu era casada e adorava sair pra dançar como se não houvesse amanhã. Fã de música eletrônica, todo top DJ que vinha pra cá, lá estava eu na pista. Foi uma fase deliciosa e inesquecível, mesmo com todos os excessos.

Aí, o relógio biológico começou a sinalizar. Eu quis ter filho e foi tudo muito rápido.
Engravidei. Logo depois, o casamento acabou e junto com ele, todo um jeito de viver a vida também…

Nove meses depois, descobri realmente o que era amar alguém. O Ian nasceu e foi com ele que senti muitas coisas pela primeira vez.

Minha vida mudou completamente. Voltei para casa dos meus pais, mil dúvidas sobre o futuro e principalmente se eu seria uma boa mãe.

Mas deu tudo certo! Com o Ian foi um encontro de almas, ouvia muita música com ele, amamentei por quase um ano, passeávamos muito, apenas nós dois. Fui uma mãe de primeira viagem, sem neuroses e super proteções, e ele, um menino sempre adorável.

Fui estudar moda e deixei-o com meus pais. Foi uma época difícil, porque eu não estava junto quando meu filho fazia as coisas  pela primeira vez. Estabeleci um tempo limite de distância e, terminado este prazo, voltei. Nunca almejei ser a número um profissionalmente. Queria ser uma ótima mãe e ter uma família feliz. Isso me bastava.

O tempo passou.  Reatei com meu marido, casamos novamente no civil, ele é um pai maravilhoso.

Um ano se passou. Resolvi engravidar novamente. Desta vez decidi deixar o trabalho para ser uma mãe mais presente. Engravidei super rápido, mas perdi. Foi um baque em nós três.

E apenas quatro meses depois, engravidei novamente. Foram meses difíceis: enjoei muito e tinha fiquei muito insegura. Tinha medo de dar tudo errado. Depois de ser a pessoa mais chata por alguns meses (sim, por que virei uma coisa estranha), Noah nasceu prematuro, com 35 semanas, com peso bom e saudável, é calmo e lindo, e me deu de presente uma serenidade que há tempos eu não  tinha…

Bebê pequeno em casa parece o céu, mas a vida fica um tumulto. Eu não tinha mais tempo de brincar com o Ian, nem dar atenção ao marido, sem dormir à noite e muito pouco durante o dia, aquela situação que toda mãe passa…

Hoje já consigo ler uma revista sem ser interrompida, continuo ouvindo meus cd`s com eles. Vamos juntos a exposições de arte.

Balada? Confesso que tenho aquela preguiça típica de quem se deu uma licença da vida noturna. Às vezes bate aquela insegurança feminina quanto ao corpo e aos quilos a mais, mas quando vejo um sorrisinho banguela só para mim ou quando o Ian vem com algum assunto inacreditável do alto de seus quase 5 anos, esqueço tudo isso.

Nas horas vagas entro na Internet, descubro como anda o mundo “lá fora” e me informo sobre coisas que me interessam. Foi assim que descobri sobre o Mamaço, um protesto super do bem em que mães amamentavam seus filhos pelo direito de fazer isso em público.

E minha vida segue assim, com outras prioridades, mas com a mesma essência, sonhando com uma viagem só com o marido, em morar na praia.  Todo dia peço para que a rotina não me tire a ternura e que eu consiga criar meus filhos como homens sensíveis, honestos, e mais preocupados com o mundo que estamos deixando para eles.
Super beijo!”

ELA É MINHA MENINA

Ela agora é uma menina de três anos e pouco.

Menina?  Onde está o nosso bebê??!!

Esta semana, enviamos para parentes e amigos algumas fotos dos últimos meses por aqui. Fazemos isso de vez em quando: juntamos umas fotos que gostamos, sem qualquer ordem, só mesmo pra matar as saudades e dividir nosso dia-a-dia.
E todos respondem contentes ao receber notícias daqui. Uma delícia.

Na leva desta semana, recebo dois emails bem curiosos… Duas pessoas (muito queridas) me comunicam que Nina já não parece mais um bebê. 

Já é uma garotinha. Duas pessoas? Deve ser verdade!

Eu, desconfiada, fui conferir as fotos que mandei.

Sim, ela é uma pequena menininha.

E essa menina nos surpreendeu mais uma vez: sentada ao nosso lado, com papel e lápis na mão, faz alguns rabiscos. E no meio de tantos papéis rabiscados, dois chamam a nossa atenção.

– Nina, o que é isso? perguntei. – Um menino! ela respondeu.

– E este outro? – O rosto do menino, mãe!

NA PRAIA TAMBÉM FAZ FRIO

Depois de tanto calor, nada como uma brisa fresca. O outono está por aqui. 

Os dias andam mais curtos. Os jardins  ficam como um mar, coberto de folhas de todos os tamanhos e cores.

A brisa do mar manda um friozinho. É hora de separar os casacos e as calças mais quentinhas. Dormir de cobertor.

Enquanto isso, o pôr-do-sol anda cada dia mais lindo. E traz com ele cores dramáticas e luzes inesperadas. Adoro isso.

dá uma olhada…