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Ela faz brinquedos com alma

Conheci estes brinquedos  por indicação de uma querida amiga. Fiquei encantada com o trabalho e escrevi para a dona dos “brinquedos com alma”.

Descobri a encantadora Maribel Barreto. Mãe do Francisco Bento, 4 anos e Catarina Maria de 2 anos. Faz brinquedos à mão com materiais naturais no Ocitocina Atelie.

Pedi para ela contar aqui no blog da Orangotango um pouco de seu trabalho. Ela, gentilmente, me mandou um pouquinho da sua história.

Espero que gostem!

“Começar o ano recebendo convite bacana é sempre muito bom! Assim foi com o convite da Paula. Conheço a Orangotango já há algum tempo e sou admiradora daqui. O que não sabia era que a Paula iria conhecer meu trabalho e virar admiradora de lá.

Deixe-me apresentar. Sou Maribel Barreto, mãe do Francisco Bento, 4 anos e Catarina Maria de 2 anos. Faço brinquedos à mão em materiais naturais no Ocitocina Atelie, além de ser contadora de histórias e membro da Aliança Pela Infância, uma rede pelo respeito à essência das crianças.

Meu trabalho com os brinquedos começou junto com a experiência de ser mãe. Quando nos descobrimos grávidos, não tínhamos dúvidas quanto ao local do nascimento do bebê que seria em casa. Nem cogitamos as vias convencionais de nascimento, procuramos logo uma parteira. O que não sabíamos é que entraríamos em contato com o movimento pelo parto humanizado. Descobri um hormônio poderoso, a Ocitocina, o hormônio do amor, o hormônio do parto, da amamentação…

Logo que me vi grávida deixei de trabalhar fora.  Investi em contação de histórias, e ao mesmo tempo resgatei um saber antigo e de tradição familiar que eram os trabalhos manuais. Acabei  fazendo grande parte do enxoval do bebê e  percebi que as peças que eu fazia, outras pessoas gostavam também.

Nasceu então o ateliê Ocitocina, onde eu podia fazer aquelas belezas para outras pessoas. O nome nasceu junto, porque para mim, a gestação e parto foram as experiências mais significantes da minha vida.

Na minha busca por brinquedos encantadores, descobri os brinquedos “Waldorfs”. Brinquedos feitos em materiais naturais, pelas mãos humanas e adequados à infância. Uma peça aqui, outra acolá e logo um acervo estava pronto, todos testados pelo mais rigoroso controle de qualidade, nosso filho! Comecei timidamente a produzir os brinquedos para os mais chegados.

O brincar é nossa filosofia. Acreditamos que criança precisa de espaço, vínculo e brinquedos com alma. Precisa ter a segurança de que o mundo é bom, duradouro e seguro. Acordar todos os dias e ver que seus brinquedos ainda estão “vivos” imprime segurança.

Essa massificação chinesa ainda nos levará à bancarrota total. Nem vou falar dos plásticos, que isso é assunto pra muitos posts, mas a durabilidade dos brinquedos de hoje é lastimável, nem bem a criança tirou da embalagem e o brinquedo se quebra.

Crianças precisam de brinquedos duráveis, pois elas se vinculam a eles. Na Pedagogia Waldorf, a essência da criança é respeitada e sugere aos pais, oferecerem brinquedos cheios de significados. É muito comum, as mães das escolas Waldorf produzirem os brinquedos de seus filhos. Além de usarem materiais naturais regionais, esses brinquedos são impregnados de gestos. O gesto do escolher o material, a forma, o tamanho, a cor, o gesto do cortar, do costurar.

Por aqui, pensamos sobre a  importância do brincar. Escolhemos cuidadosamente o material, damos muita importância aos acabamentos. Misturamos técnicas e o resultado é um brinquedo duradouro e agradável. E o mais importante, fazemos com amor!

Neste ano de 2013, estamos preparando muitas novidades em nosso trabalho. Acabamos de nos mudar do Rio de Janeiro, para um sítio no Sul de Minas.  Estamos investindo nos nossos filhos e na qualidade de vida. Preparamos marcenaria e ateliê de costura e em breve mais  brinquedos com alma  irão nascer.

Maribel Barreto, brincante no Ocitocina Atelie.”

Conheça mais aqui:  Ocitocina Atelie

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Já assistiu “Muito além do peso”?

Não?

Pois deveria assistir.

O documentário fala claramente sobre obesidade infantil e revela o enorme descaso que se tem com a alimentação correta. A realidade é assustadora.

Em nosso país, 56% de crianças com menos de um ano de idade já consumiram refrigerantes. E tem mais: 33,5% das crianças entre 5 e 9 anos estão com sobrepeso, sendo que quatro de cada cinco delas deverão manter-se nessa condição até o fim da vida, segundo a última pesquisa do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Crianças, de norte ao sul do país, que não reconhecem legumes ou frutas, mas demonstram enorme prazer em comer hambúrgueres, batatas fritas e bolachas.

A cineasta Estela Renner, mãe de três filhos,  se vale de uma série de entrevistas em que especialistas, analisam não apenas as consequências do sobrepeso infantil, mas também suas origens econômicas e sociais.

As grandes empresas de alimentos e bebidas (as marcas são citadas nominalmente) não são poupadas. São como traficantes, que viciam as crianças para que sejam dependentes por toda a vida.

Como mãe de uma menina de quatro anos e um menino de dez meses, posso dizer que já passei por várias situações embaraçosas do tipo: um adulto oferecer para minha filha um refrigerante e eu digo que ela não toma. O adulto, olha para minha filha com pena e me encara como uma megera.

E quando oferecem para ela uma bala ou um salgadinho e me perguntam: ” Mas ela não come?”

Eu respondo: – Não, ela não come.

Quando o que eu gostaria de dizer, na verdade, é: – Como você pode comer esse lixo, ou pior, dar para seu filho esta porcaria?

Educar dá trabalho. E alimentação começa em casa!

Assista o trailer abaixo e  o documentário completo aqui e espalhe para quem puder.

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No mundo das nuvens

Quanta saudades de escrever aqui neste espaço.

E neste retorno, separei uma animação pra lá de gostosa.

“Cloudy” é uma viagem até o céu e um convite para relaxar. Com  paisagem doce e sonora, você será levado por nuvens e gotas de chuva para  uma aventura fascinante.

A animação foi criada por Samuel Borkson e Arturo Sandoval, mais conhecidos como FriendsWithYou. Os dois amigos trabalham juntos desde 2002 e a idéia principal de todo trabalho é  espalhar a mensagem positiva da Magia, Sorte, e ™ Amizade.

Os artistas trabalham em diversos meios, como pinturas, esculturas, instalações, parques infantis públicos e performances ao vivo. A dupla usa a arte para levar a  felicidade simples encontrada na vida cotidiana.

Gostou? Então relaxe e aproveite.

Eu adorei o projeto e a animação é, de verdade, um encanto.

Mas cuidado: é tudo tão lindo que é quase impossível assistir uma vez só.

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NUNCA É CEDO DEMAIS PARA SER UM “INDIE”

Está cansado daquela tradicional trilha sonora infantil? Aquele refrão que gruda feito chiclete?

Música para criança pode ser bem mais divertida e original.

Aquela banda que você gostava e que tocava em suas baladas, agora também faz música para nossos filhotes. Sorte a deles!

O gênero tem nome: Kindie – indie para crianças.  Até festival já existe, o KindieFest.

Fiz uma seleção de três bandas que fazem sucesso aqui em casa. Trilha sonora divertida!

Espero que você goste. E se quiser aumentar esta lista, deixe um comentário com sua  banda “kindie” preferida.

 

 

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sonho de consumo: um “cocoon” no meu jardim

Tá certo que nós precisamos de bem pouco para viver. Mas o “Cocoon 1”, criado pela empresa suíça Micasa, combinaria tanto com meu jardim…

O projeto é resultado de uma pesquisa sobre o “viver” do ser-humano. E tudo pode se resumir em 180 centímetros de diâmetro translúcido.

O casulo desafia as percepções pré-concebidas de uma peça de mobiliário, dividido em módulos eficientes e funcionais.

Acredite, o coccon têm espaço para  dormir, compartimento de armazenamento e até cozinha básica, onde baterias são usadas para operar o fogão com energia suficiente para 40 horas de luz ou 20 horas de luz e 30 minutos de cozimento.

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a música que viajou no tempo

“Seasons in the Sun” nasceu de uma adaptação da música “Le Moribond”, do cantor e compositor belga Jacques Brel (1961).

No final dos anos 60, Alan Ludley, vocalista da banda Rivers Invitation, gravou a música que anos depois se tornaria uma das mais famosas do mundo pop. Mas Alan morreu em um trágico acidente de carro em 1970, pouco antes da canção ser lançada.

E foi na voz do canadense Terry Jacks em 1974 que a música tornou-se um hit mundial. A fita, com sua versão,  ficou esquecida em uma prateleira qualquer por mais de um ano. Até que Jacks,  lançou a música  em seu próprio selo e foi surpreendido.

O single tornou-se o mais vendido na história do Canadá – mais de 285 mil cópias vendidas em semanas, e mais de três milhões de cópias nos Estados Unidos. No mundo todo, o número é de mais de seis milhões.

Anos depois, em 1993, a linda canção ganhou a voz de Kurt Cobain, gravada em um estúdio no Rio de Janeiro.

Em 1998, a banda indie Black Box Recorder grava sua versão. A música ganha então, acordes mais soturnos e clima melancólico, bem próximos da idéia original de Jacques Brel.

Separei aqui a versão de Jacks, Nirvana e Black Box Recorder.

Eu tenho a minha favorita. E você?

http://youtu.be/01EGn_7AnM0