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TENTANDO VIVER EM SÃO PAULO

Lindo domingo de sol em São Paulo. Parecia o dia perfeito para nosso programa predileto: andar de bicicleta com a Nina. Especialmente depois que compramos uma sensacional cadeirinha para ela, muito segura e confortável.

Decidimos andar até a Avenida Paulista. Lá, o passeio costuma ser uma delícia. Com calçadas largas e poucos pedestres aos domingos, conseguimos pedalar tranquilamente.

Tudo corria bem, até que fomos abordados por um policial. Ele gentilmente nos convidou a deixar as calçadas e andar na rua, no meio dos carros. Na calçada, éramos um risco para os pedestres… Ficamos indignados. Na falta de ciclovias, o que fazer? Colocar em risco a vida de nossa filha? A resposta do policial nos deixou estarrecidos: “reclamem com o prefeito!”

Depois da pedalada interrompida, decidimos levar Nina ao teatro. Outra roubada. Programa de graça, domingo, em São Paulo, é receita de desastre. Chegamos no local e havia uma fila gigante.  Famílias esperavam há três horas por um ingresso. Para piorar, o teatro estava com o ar condicionado quebrado. “Ontem, teve até gente que desmaiou na peça”, disse a bilheteira.

Como desgraça pouca é bobagem, resolvemos tomar um sorvete e aproveitar os últimos dias de verão. Péssima idéia. Com o calor, todas as sorveterias estavam lotadas, e as pessoas quase se estapeavam por uma casquinha.

Na teoria, não deveria ser difícil fazer um passeio de bicicleta, ir ao teatro e tomar um sorvete. Mas aqui é São Paulo, onde viver é difícil.

E ainda dizem que a cidade grande oferece muitas opções…

Boa sorte.

“Escolha”

Poster série limitada de um amigo que tem um trabalho lindo:

http://igualvoce.wordpress.com/comprar-buy/

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APRENDER ALGO DIFERENTE

Com tantas mudanças acontecendo, achei que era hora de colocar em prática um antigo sonho: aprender os segredos ancestrais do tingimento artesanal de tecidos. Sempre fui fascinada pelas técnicas asiáticas e africanas, mas, com a minha vida corrida, nunca tive tempo de pesquisá-las mais a fundo.

Encontrei, vasculhando blogs, um artista chamado Celso Lima, que parecia fazer exatamente o que eu queria aprender:  pesquisa e trabalho de técnicas seculares de estamparia têxtil.

Fui conhecer seu ateliê e voltei pra casa encantada. Comecei a fazer o curso.

Entrei num mundo desconhecido e novo. São técnicas indonésias, indianas, japonesas e africanas, as primeiras datadas do final do período neolítico – na África Ocidental. Tudo é muito artesanal, único e carregado de história. Cada amarração, cada movimento com as mãos para prender ou soltar o tecido, tem tanta beleza e tanta história por trás… São técnicas passadas de geração para geração, de tribo para tribo.

Com materiais simples, como tecido cru, barbante, linha, agulha, pedacinhos de madeiras e muita paciência, tudo vai sendo cuidadosamente preparado, dobrado e costurado. Parece que vai dar tudo errado… Mergulho aquele emaranhado de tecido numa bandeja de água com corante e espero secar.

No fim do processo, o resultado é deslumbrante. Mais ainda por ser totalmente artesanal e preservar centenas de anos de história.

Tingimento é um tópico à parte (volto nele depois)…

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LARGUEI O EMPREGO E VOLTEI À INFÂNCIA

Depois de trabalhar para diversas marcas no mercado de moda, fui contratada pela  Forum para desenvolver  a linha de alfaiataria e camisaria feminina. O trabalho me dava muito prazer, satisfação e orgulho. Na Forum, fiz também muitas amizades.

Tudo parecia lindo: ótimo emprego, grandes amigas e uma perspectiva animadora. Mas eu sentia que estava faltando algo. E o problema era comigo mesma. Eu realmente queria fazer outra coisa da minha vida.

Com as peças de decoração de quarto que eu estava fazendo, as pesquisas sobre o universo infantil, a imensidão de amigos formando família e a vontade de fazer alguma coisa nova, comecei a perceber que o universo que me interessava, neste momento, era mesmo o infantil.

Tive de me realizar profissionalmente para descobrir que o que eu queria mesmo era voltar à infância.

Pedi demissão. Larguei o trabalho “adulto” e resolvi  me aventurar numa nova história.

 

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MONTANDO UM KIT

Acabei adorando a experiência de montar eu mesma o quarto da Nina. E  os amigos, quando nos visitavam, também comentavam o quanto tinham gostado da decoração do quarto.

Para completar, entre os casais amigos, estamos vivendo um momento “baby boom”.  Aqueles amigos que conhecemos nas festas ou shows, agora já pensam em ter filhos.

Quando uma amiga ficou grávida, resolvi dar de presente para ela um jogo de quarto igual ao que eu havia feito para a Nina. Juntei tudo e montei uma embalagem em tecido – um imenso “saco”para colocar todos os ítens dentro. Ela ficou muito emocionada com o presente. Abria o “saco” e não parava de tirar “coisinhas” de lá de dentro. Nem eu esperava aquela reação.

Fiquei pensando que juntar todos os acessórios num “saco” seria o presente ideal. Seria este um kit?

Olha o imenso “saco” como ficou:

EMBALAGEM “SACO”

                                                                         Foto: Guilherme Young

 

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NÃO GOSTA DE NADA? FAÇA VOCÊ MESMA

O universo da moda infantil é mesmo um mundo à parte. Eu sempre tive uma dificuldade enorme em achar algo de que realmente goste.

Dezembro de 2007 – hora de pensar no quarto da Nina, que chegaria em março de 2008.  Para mim foi uma dificuldade. Não gostava de nada. Começando por esta história de “tema”. Por que acham que todo quarto deve ter um tema (urso, selva, flores, etc…)?

Resolvi montar eu mesma todo o quarto dela. Minha mãe sempre costurou muito bem e pedi uma ajuda a ela. Comprei os tecidos, escolhi as estampas, resolvi como queria cada item. Jogos de lençóis de berço, edredom, almofada, protetor, trocador, etc… – o kit básico de quarto. Minha mãe costurou.

Ficou lindo. Todas as peças tinham uma  cor vibrante e combinações de estampas bem diferentes daquelas “corretas” que encontramos por aí. Acabou fazendo o maior sucesso. Os amigos que vieram visitar a Nina (recém- nascida), acabavam elogiando e perguntando onde tínhamos comprado.

Percebi que neste mundo da moda infantil, muita coisa ainda pode ser criada. Olha como ficou!

Mais no próximo post…

                                                                          Fotos: Guilherme Young