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ESSE BICHO EXISTE?

Que tal experimentar não separar ficção de realidade?

É isso que propõe Arthur Nestrovski , em “Bichos que existem & bichos que não existem”. No livro, o imáginário vem correndo na frente do mundo real.

Numa página aparece o tatu bola, na outra o abominável mostro das neves, na seguinte nos apresenta a traça. Recria mitos universais, da Grécia antiga ao folclore brasileiro. A linguagem passa longe dos clichês que estamos acostumados a encontrar na literatura infanto-juvenil. Na verdade, parece mais poesia disfarçada de prosa.

O mundo está cheio de bichos que existem e bichos que não existem. Tem bicho que existe e a gente não acredita. Tem outros que a gente não acredita que existam. No final das contas, não há tanta diferença entre um bicho que existe e um bicho que não existe. Todos os bichos existem- nas palavras dos livros e na cabeça da gente…

 As ilustrações são de Maria Eugênia, super coloridas, elas materializam lindamente toda esta fantasia.

O livro é vencedor do Prêmio Jabuti 2003 em duas categorias – Livro do Ano/Ficção e Melhor Livro Inafntil ou Juvenil. Não deixe de conhecer!

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ESSE CABELO SÓ QUER PAZ E AMOR

Um dia, largada num cantinho da confecção onde eu trabalhava, na Moóca, me deparei com uma linda bicicleta azul-clara. “Que linda magrela!”, pensei. Adoro bicicletas.  E quem será que vem trabalhar aqui na Móoca com ela???

 Numa grande sala de estilo estava lá um dos caras da arte. Um ranzinza e observador chamado Cabelo. Ele ficava o dia todo na frente do computador, criando estampas, colorindo desenhos, montando paletas de cores, etc. Entre uma estampa e outra, lá estava ele rabiscando alguma coisa. Virei fã de seu trabalho.

 E descobri que a charmosa magrela azulzinha era dele.

 O tempo passou, eu saí da empresa (já contei aqui) e, quando estava montando a coleção da Orangotango, queria fazer umas camisetas estampadas. Logo lembrei do Cabelo. Tudo a ver.

 Daí surgiram a Orango Boy e a Orango Girl, duas lindas ilustrações, com traços bem simples. As camisetas estão fazendo o maior sucesso na coleção. Achei legal fazer um post sobre ele e seu lindo trabalho.

 – Quando começou a fazer ilustrações?

– Como todo mundo, desde pequeno. Não só desenhava, como também gostava muito de fazer meus brinquedos, minha vó tinha a mania de me dar rádios e restos de eletrônicos para eu desmontar. Minha infância toda foi assim, usando lixo pra me divertir, caixas de papelão, madeira e aqueles isopores de geladeira.

 – O que você prefere desenhar?

– Durante muito tempo, abordei em meus trabalhos as questões sociais. Com o nascimento de minha filha e até mesmo o amadurecimento, busquei emocionar as pessoas com meu trabalho, através de uma forma mais simples. Não me sentia mais à vontade desenhando com a raiva de antes.

 – Você resolveu correr atrás de um caminho solo. O que anda fazendo?

– Acho que o sonho de todo mundo é viver de seu verdadeiro ofício, daquilo que realmente lhe dá prazer de verdade. Também queria ter mais tempo para poder aproveitar com minha filha e esposa. Meu projeto no momento é o Bicicleta Girassol, ainda não sei exatamente pra onde ele vai caminhar, gosto muito do universo dos brinquedos educativos, e é nisso que tenho trabalhado ultimamente.

 – O que mais gosta de fazer com sua filha?
– Uma das coisas que mais gosto de fazer é andar com ela, simplesmente andar, pegar sementes, folhas, pedrinhas e ficar conversando sobre as coisas que vamos vendo pelo caminho, formigueiros, joaninhas. Invento histórias sobre o porquê das coisas…

 – E a paixão pelas bikes?

– Sempre andei de bicicleta, e comecei a ir trabalhar com ela. Aquela sensação de medo no trânsito me angustiava demais. Percebi o quanto era importante para a cidade reservar aos seus cidadãos o direito de poder usar a bicicleta como alternativa de transporte. Acho que a bicicleta é um meio eficiente de se humanizar uma cidade, ela coloca em pé de igualdade todos os cidadãos, os ricos e os pobres. Aproxima as pessoas.

 Pergunto sobre planos futuros e ele me responde: “Um dia por vez e, parodiando alguns amigos, a 10 por hora. Devagar e sempre”.

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CARNAVAL DE MÁSCARAS EM PARATY

Aquecendo os tamborins para o carnaval, afinal a festa por aqui promete ser bem animada, visitamos a exposição “Carnaval de Máscaras”.

A máscara, por aqui, tem um sentido muito especial. Não se pode precisar a data do uso delas no carnaval paratiense, mas pode-se supor que date do século 18, quando a vila enriquece com o trânsito de ouro e pedras preciosas das Minas Gerais e a intensa utilização do Caminho do Ouro para se chegar às minas e a São Paulo.

A exposição traz trabalhos de quatro artistas paratienses e jovens talentosos que aprenderam as técnicas tradicionais e desenvolveram estilos próprios. 

As máscaras são expressivas e lindas de se ver. Nina era um misto de sensações: demostrava um encanto e uma curiosidade por aqueles bonecos tão vivos, sorria meio nervosa. A curiosidade batia mais forte, e ela arriscava chegar mais perto. Ficava desconfiada. No final, saiu da exposição toda cheia de si dizendo que já não tinha mais medo dos bonecos…

Exposição Carnaval de Máscaras

De 29/12/2010 até 26/01/2011

Casa da Cultura – Paraty

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TODO DIA UM BRINQUEDO NOVO

Fazer um brinquedo por dia. Esta é a idéia do Toy-A- Day, site que disponibiliza todo dia, um arquivo novo para baixar, imprimir e confeccionar um boneco de papel.  Lá tem um pouquinho de tudo: astros do rock, ídolos do cinema, sempre com referências à cultura pop.

Você pode montar o seu próprio brinquedo e começar uma divertida coleção!

Ah, agora você também pode encontrar a Orangotango no Facebook e Twitter.

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NO IPOD DA ORANGOTANGO TEM… GRINDERMAN

Essa gangue de homens maduros. Foi como definiram essa maravilhosa banda.

Liderada pelo muso Nick Cave, auxiliado pelos seus companheiros de Bad Seeds, a banda faz um verdadeiro estrondo sonoro, explorando a agressividade do rock de garagem. Aí a experiência de Cave fala mais alto. Maduro, agora já com 50 anos, conduz tudo com um enorme senso de rock and roll e bom humor.

Simples e selvagem. Pra que mais?